segunda-feira, 5 de abril de 2010

O jovem e a bola

Esta semana me informaram que a Prefeitura Municipal de Xapuri, juntamente com as Prefeituras de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, estariam repassando certo valor em dinheiro – o qual não fui informado – para o clube de futebol denominado Alto Acre. Desta forma, seriam utilizados atletas desses municípios para comporem referida equipe.

A ideia seria interessante se a equipe do Alto Acre tivesse sua sede em Xapuri. Aliás isso seria o correto, porque temos estádio sendo que Brasiléia e Epitaciolândia não têm. Da forma que a coisa vai caminhando, quem está levando total vantagem em tudo são as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia. E Xapuri “neca da pitibiriba”.

Nossa juventude, principalmente a esportista, está precisando é justamente disso. De incentivo, de aparecer para o cenário esportivo estadual e quiçá nacional. Quando adolescente, minha grande esperança era um dia participar de um campeonato estadual. Tenho certeza que os adolescentes de Xapuri não pensam diferente.

Não tenho dúvidas de que se Xapuri hoje tivesse governantes como Ivonaldo Portela da Costa ou Jorge Akel Hadad, teria um clube participando do futebol profissional. Ambos eram abnegados por futebol porque sabiam que era através do esporte que poderiam desviar nossos jovens das drogas como um todo. Dariam um jeito mas encontrariam patrocinadores. Vale ressaltar que Xapuri é uma marca a nível mundial e encontrar patrocínio para um clube local não é muito dificultoso, basta ter vontade.

Xapuri sempre foi um celeiro de grandes jogadores como: Zeca, Curica, Julinho, Mário Jorge, Ademir, Cardosinho, Mirim, Mário Mota, etc.. Por que então não temos um clube disputando o campeonato estadual?

A entrada de uma equipe xapuriense no campeonato estadual iria trazer uma série de benefícios tais como: maior circulação de pessoas provenientes de outras cidades em nosso município, conseqüentemente tal ato, geraria renda para os hotéis e restaurantes; o clube xapuriense iria receber um incentivo do governo estadual em torno de R$ 20.000,00, que serviria para pagar atletas jovens na sua maioria desempregados; busca dos jovens e adolescentes por esporte o que os afastaria das drogas; possibilidade de atleta local se destacar no cenário estadual ou nacional com condições de melhoria de vida, enfim.

O tempo passa e os objetivos são outros. Nossos jovens não estão mais interessados em simplesmente colocar uma bola no centro do gramado e correrem atrás, eles vêm o futebol como uma válvula de escape para um futuro mais promissor, que melhore suas condições de vida, para isso, temos que dar as condições necessárias e investir em nossa cidade, em nosso esporte e em nossos jovens em vez de ficar investindo em cidade dos outros.

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