domingo, 20 de junho de 2010

RESPOSTA AO AMIGO LEITOR

Peço desculpas aos amigos do Blog por estar há vários dias sem postar. Como dito anteriormente, isso se dá ao fato de me encontrar em outra Unidade da Federação trabalhando, não me restando muito tempo para alimentar este espaço.

O amigo leitor perguntou o que eu achava do modelo de desenvolvimento extrativista sustentável implementado no Acre. Em hipótese nenhum sou contra, no entanto, temos sim que além de preservar, dar as condições mínimas de sobrevivência das populações locais.

O termo extrativismo designa toda atividade de coleta de produtos naturais, seja de origem animal, vegetal ou mineral.

Também significa, segundo o Ministério do Meio Ambiente, o sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis.

Por modo sustentável se entende a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.

Assim, desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades.

O modelo de civilização e desenvolvimento no qual vivemos atualmente está longe de ser sustentável.

O Brasil começou como colônia extrativista de madeira, o pau-brasil (Caesalpinia echinata), atividade que persiste até hoje, sobretudo na Amazônia, de maneira ilegal.

Na Amazônia a pecuária é uma atividade essencialmente extrativista e não-sustentável, além de ser responsável por grande parte do desmatamento da floresta uma vez que o pasto, quando não mais sustenta o gado, é abandonado e nova área desmatada. Os nutrientes antes existentes na floresta foram reduzidos pelo fogo após sua derrubada e agregados ao solo, não sendo repostos após o gado pastá-lo.

Também a pesca, para ser uma atividade sustentável, requer o respeito ao defeso, época de reprodução na qual fica proibida.

Extrativismo, tanto animal quanto vegetal, quando bem feitos, podem ser sustentáveis, mas o extrativismo mineral é essencialmente não-sustentável, à exceção da água.

"Uma Reserva Extrativista (RESEX) está relacionada a uma área onde as questões ambientais e sociais são indissolúveis, "é uma área utilizada por populações locais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade".

“As Reservas Extrativistas são espaços territoriais destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis, por populações tradicionais. Em tais áreas é possível materializar o desenvolvimento sustentável, equilibrando interesses ecológicos de conservação ambiental, com interesses sociais de melhoria de vida das populações que ali habitam.”

Para Xapuri, no meu ponto de vista, nossa economia tem condições de ir além do extrativismo. Temos uma fonte de renda excepcional e moderna, que é a questão histórica e o turismo.

Somos proprietários, podemos assim dizer, de dois fatos de grandes momentos históricos. O inicio da Revolução Acreana e a figura do ecologista Chico Mendes.

As rendas ou os projetos voltados para o segundo meio econômico - que poderíamos desenvolver com mais profissionalismo - fugiu da esfera de controle de Xapuri por pura falta de visão de todos os nossos administradores e passou a beneficiar, excluvisamente, a atual administração do Estado que usa o nome de Chico Mendes para projetos para o Acre, enquanto a cidade natal do líder sindical recebe apenas as migalhas.

Temos que fazer um projeto onde possamos reunir todos esses meios econômicos com o fim de dar maior fonte de renda para nosso município,consequentemente, melhoraremos a vida de nossos munícipes.

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