quinta-feira, 21 de abril de 2011

O FUTEBOL E A POLÍTICA


O que tem a ver o futebol com a política? Em princípio, nada, no entanto, algumas correlações me levam a escrever sobre tal tema.

Enquanto a política tem por fundamento a organização do Estado, busca por melhores condições sociais de vida ao povo, dignidade da pessoa humana dentre tantos outros, o futebol tem por objetivo maior, a conquista. Mas, no fundo são fundamentos diferentes com um mesmo objetivo, vez que a conquista, sempre foi e será o ponto de chegada de qualquer homem.

O interessante nisso tudo é que nós, torcedores e eleitores, nos colocamos de maneira diversa em relação aos dois temas.

Enquanto torcedores: xingamos, protestamos, opinamos, nos manifestamos, exigimos saída muitas vezes de um jogador, de um técnico, de um dirigente, viramos técnicos, chamamos a responsabilidade para nós. E o engraçado é que muitos se envolvem nessa discussão. Acima de tudo queremos profissionalismo e compromisso de todos aqueles que dirigem nossas agremiações, mesmo porque essa é a chave para o sucesso.

E eu pergunto: apesar da imensa paixão que temos por nossos clubes, que conquista maior essa tal paixão nos traz a não ser apenas satisfazer o nosso ego voltado tão somente para a conquista?

Em um paralelo com a política, nós cidadãos de um modo geral, não damos tanta importância a política desenvolvida em nosso País - que tem justamente o condão de trazer melhores condições de vida para todos – quanto damos ao futebol.

Infelizmente não exigimos, não protestamos, não manifestamos, não confrontamos alguém que tem o dever e a obrigação de trazer melhores condições de vida para nosso povo e é justamente por esse motivo que os amadores (políticos) sem qualquer tipo de comprometimento e profissionalismo continuar mandando e desmandando.

Alguns cidadãos ficam alheios, outros se escondem, outros têm medo e alguns poucos se sacrificam por toda a massa. Esses que reclamam, que exigem, que protestam são os chatos. E a retórica de quem é cobrado ainda convence os cidadãos de bem de que aqueles que criticam são um calo no pé e que por esse motivo não merecem credibilidade.

Nós, como cidadãos, temos sim, o direito de exigir, sejamos torcedores ou eleitoress, uma vez que nós buscamos sempre as conquistas. O que está faltando é coragem em todos nós de mudarmos essa página de amadoristas.

Estamos precisando da força da nossa sábia juventude xapuriense.

Nosso povo sempre se mostrou forte, vencedor. Nossos jovens xapurienses têm que tomar consciência que num futuro próximo serão eles que vão ter que assumir a administração do nosso município e o espírito de bravura tem que ser manifestado desde cedo, evidentemente dentro da legalidade.

Chegou a hora de mandarmos prá casa os parasitas que não se preocupam e não se manifestam a respeito dos problemas de nossa cidade,. Alguns por não terem conhecimento, outros por não terem capacidade e muitos por não terem compromisso.

Temos que deixar de ser mais torcedores e sermos mais cidadãos. E nada melhor de que essa consciência se iniciasse por nossa juventude antes que o árbitro desse o ponto final da partida.

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Grande Éden,

Lendo no seu blog, o saudável paralelo entre futebol e política, resolví escrever um comentário, como não consegui colocá-lo no próprio blog, segue abaixo, via email. Continue tornando públicas suas idéias e sugestões através do seu blog. Boa sorte,

Eduardo.

Cara, gostei desse texto, simples, mas, LADINO, (como diria meu avô Potiguar, lá do sertão do RN). Ótima comparação, o texto é um incentivo, uma idéia, um precedente altamente motivador, se lido, e levado literalmente ao pé da letra, afinal o que custa cobrar da classe política dirigente atual, mais ações, mais compromissos, mais seriedade e transparência, em benefício dos povos que os elegeram?...que afinal, somos todos nós!! Se essa cobrança, essas tomadas de posições, são praticamente espontâneas, no futebol, vamos fazer o mesmo com os políticos, de maneira ampla geral e irrestrita. Guardadas as devidas proporções históricas e geográficas, isso me lembra agora, me passa na cabeça nesse momento, a largada da luta pelos direitos civis americanos, nos idos de 1955, quando uma senhora chamada Rosa Parks, cansou de ser discriminada por ser negra e ter de ceder lugar a brancos num ônibus no Alabama. Para efeito informativo, o link abaixo tem um resumo dessa história.

http://www.infoescola.com/biografias/rosa-parks/

Talvez eu esteja exagerando com esse exemplo, mas isso não me incomoda, trazendo para mais perto da nossa era, vide exemplos de protestos e exigências que levaram mudanças na Tunísia e no Egito, e olha que lá as ditaduras eram violentíssimas.

Bem, aqui a coisa não é tão braba, mas há muito o que fazer e exigir. VAMOS COMEÇAR?

Eduardo de Souza.


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